A chegada dos filhos pode ocasionar uma crise na relação do casal. A mudança hormonal da mulher, a rotina alterada da casa, o homem sentindo falta de atenção, o cansaço da família, as noites sem dormir, o dinheiro que já não sobra tanto: todas estas mudanças contribuem para crises conjugais. Nem todo casal está preparado para passar por esta fase que: por um lado é feliz pela chegada do filho e de outro lado é estressante devido a todas as mudanças. É preciso entender que é somente uma fase de adaptação, que com os valores e propósitos alinhados, é possível unir ainda mais o casal. Mas infelizmente nem todo casal supera este período pós parto e muitos casamentos terminam com filhos em tenra idade.

No momento da separação, acaba o casal conjugal, mas o casal de pais continua. Quando os filhos são maiores, o melhor é um convívio equilibrado entre os dois pais e uma residência base. Quanto maior o convívio com ambos os genitores, melhor é o desenvolvimento do filho.

Mas o que se deve levar em conta para estabelecer a convivência das crianças pequenas?

Se a mãe ainda amamenta, não há como ter pernoite. O alimento do filho está na mãe, portanto não existe a possibilidade de ficarem muito tempo longe. Só devemos observar se os filhos estão grandes, já se alimentam com tudo e a mãe ainda amamenta uma vez por dia. Neste caso, se trata apenas como uma dependência emocional e não seria um impeditivo absoluto para pernoite. É preciso avaliar o caso concreto.

O ideal é que, mesmo se o pai ainda não pode pernoitar, o convívio deve ser constante. Pode se estabelecer uma rotina que não atrapalhe a amamentação por algumas horas, determinados dias da semana. O pai precisa ir criando um vínculo com seu filho para que esteja preparado para pernoite. É ideal que ele já tenha uma casa adaptada para receber o bebê. No início, estas horas de convívio devem ser preferencialmente na presença da mãe e gradativamente ir aumentando. Até o dia em que o genitor consiga cuidar por pelo menos algumas horas sozinho ou com o apoio da família.

É aconselhável pernoite a partir dos 2 anos de idade, mas não existe uma regra. Pode ocorrer antes ou depois desta idade, sempre se baseando no melhor interesse dos menores. A convivência deve ser feita de maneira progressiva de acordo com a faixa etária, assim a adaptação é gradativa. Por isto, é tão importante contratar um advogado que entende de convivência dos filhos e faça um PLANO DE PARENTALIDADE progressivo.

Quando o pai convive com a criança desde o nascimento, tem regularidade e assiduidade na convivência, a criança já anda e balbucia algumas palavras, o pai ou sua família estão aptos a recebe-la: não há problema para pernoitar a partir dos 2 anos de idade. Importante só fazer de maneira progressiva para que os filhos se adaptem. Lembrando mais uma vez que não é regra e sempre se deve avaliar o caso concreto.

Uma coisa é certa: filho precisa conviver com pai e mãe. Filho não é visita. Portanto, o quanto mais você ajuda nesta adaptação, melhor para seu filho.